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Gênero: Comédia, Romance
Língua Original: Inglês
Diretor: Doug Liman Produtor: P.J. Van Sandwijk, Alison Winter, Michael Lesslie
Escritor: Steven Knight
Data de lançamento (streaming): 14 de janeiro de 2021
Duas pessoas que costumavam ser apaixonadas, mas agora não se suportam, são forçadas a coabitar porque não há para onde ir. Bem-vindo à era do romance COVID e ao primeiro filme a explorá-lo como tema: na comédia romântica e filme de assalto híbrido Locked Down, Chiwetel Ejiofor e Anne Hathaway interpretam Paxton e Linda, um casal que morava em Londres no início dias do primeiro bloqueio da cidade, por volta de março de 2020. A faísca há muito desapareceu de sua união; agora eles estão apenas contando os dias até que possam fazer outros arranjos, e seus nervos estão em frangalhos. Eles já estão muito familiarizados com as peculiaridades uns dos outros, mas seu confinamento nos dá ampla oportunidade de nos atualizarmos rapidamente sobre seus problemas: Linda, que está claramente estressada e nervosa mesmo nos melhores tempos, tem um emprego muito poderoso com uma empresa de mídia com sede nos Estados Unidos. (Em nosso primeiro vislumbre desse trabalho, ela é forçada a demitir um quarteto de seus funcionários locais por meio de uma reunião da Zoom.) Paxton tem problemas de trabalho de outro tipo: ele simplesmente não se cansa disso. Um ex-bad boy — a qualidade que atraiu Linda para ele em primeiro lugar — ele tem ficha criminal por uma infração antiga que, como se sugere, não foi realmente sua culpa. Ele agora trabalha como motorista, transportando coisas daqui para lá, mas mesmo esses empregos são escassos. Ele, no entanto, tem o coração de um poeta e adora sair para a rua para fazer uma serenata para seus colegas “presidiários” com versos de T.S. Eliot e Robert Graves. Dirigido por Doug Liman (que nos deu o incrivelmente delicioso Sr. e Sra. Smith de 2005) de um roteiro de Steven Knight (cujos créditos incluem o bugio de 2019 Serenity, mas também Eastern Promises e Peaky Blinders), Locked Down (agora transmitido pela HBO Max) é mais uma novidade dos nossos tempos do que qualquer outra coisa. Escrito durante o verão e filmado rapidamente no outono, ele envolve o máximo possível de elementos de nossas vidas restritas pela pandemia: ruas silenciosas e pouco povoadas, ligações tensas do Zoom com familiares, o uso de blusinhas com calça PJ para reuniões de trabalho virtuais. (Também inclui um monte de participações especiais levemente divertidas de nomes como Ben Stiller, Ben Kingsley e o galã dinamarquês Claes Bang.) No entanto, os primeiros dois terços do filme são irremediavelmente sem forma — talvez um pouco como nossas vidas? — ainda mais esticados por resmas de diálogos irritantes e instáveis. Hathaway costuma ser um ator encantador, e Ejiofor pode ser ótimo — ele é adorável aqui, dando forma e profundidade às ansiedades de seu personagem e à sua angústia silenciosa por ter perdido Linda. Mas Hathaway parece estar tentando, desesperadamente, imitar o momento de Katharine Hepburn no modo maluco. Nada funciona; ela está ferida muito apertada. Suas falas não têm ceder, nem rebatidas. Você se pergunta por que Paxton não fugiu daquela casa antes. Mas em algum lugar na última meia hora, o filme finalmente chega a ter algo como um enredo, envolvendo o roubo, da loja de departamentos super chique Harrods, de um grande diamante no valor de 3 milhões de libras. De repente, Hathaway se torna um pouco menos cansativa e Ejiofor mais deslumbrante. Você tem uma ideia do que uniu esses dois em primeiro lugar. A certa altura, eles entram em uma motocicleta e disparam para a noite londrina. Por fim, Locked Down nos dá pelo menos um pouco do que esperávamos o tempo todo, algum glamour pandêmico, se tal coisa for possível. Você dificilmente pode dar errado com dois belos atores em um passeio noturno de motocicleta. E neste momento, muito brevemente, Locked Down finalmente levanta vôo.
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Meu pesadelo pessoal é que Hollywood em breve nos inundará com filmes pandêmicos sob a ideia idiota de que o público em quarentena está ansioso para ver filmes sobre o inferno de viver em quarentena. Que “Locked Down”, agora disponível na HBO Max, seja a Prova A de como um filme inspirado em coronavírus pode ser horrível. Suponho que o fato de o diretor Doug Liman e o roteirista Steven Knight terem conseguido sonhar, escalar, filmar, editar e lançar “Locked Down” em apenas alguns meses — sob severas restrições de segurança — conta para alguma coisa. Mas, neste caso, ele conta apenas como um dos primeiros candidatos para o 2021 Dubious Achievement Award. Sem bater nos atores. Anne Hathaway lidera um elenco estrelado de performers superqualificados que inutilmente tentam nos fazer acreditar que não estamos presos em uma manobra enigmática que teria que ser feita apenas para nos qualificar como um trabalho mal feito. Hathaway interpreta Linda, uma executiva corporativa servindo por capricho de um chefe (Ben Stiller fazendo lodo com perfeição) que casualmente ordena que ela demitir sua equipe de colegas de trabalho. Para aumentar seu estresse, Linda está rompendo ruidosamente com Paxton (Chiwetel Ejiofor), seu amante há 10 anos. Eles se distanciam socialmente em sua elegante casa em Londres com um quintal invejável. Pobres bebês! Você está se relacionando? Nem eu. Nas primeiras cenas, “Locked Down” marca um ou dois pontos divertidos sobre intermináveis reuniões do Zoom e acumuladores de palavrões em supermercados. Mas mesmo os maiores talentos, como Hathaway, vencedor do Oscar de “Os miseráveis” e a estrela de “12 anos de escravo”, Ejiofor, não conseguem sobreviver às torrentes de diálogos que o roteiro lhes traz. Ela se odeia por ser uma traidora. E ele afunda em seus sonhos perdidos de ser um poeta e pulando em sua motocicleta como um rebelde de uma fantasia de “Easy Rider”. Em vez disso, Paxton realiza tarefas ilegais em uma van para um capataz (Ben Kingsley), que fornece documentos falsos que o identificam como Edgar Allen Poe, o ilustre poeta americano que ninguém neste filme parece conhecer. Essas são as piadas, pessoal, maliciosamente destinadas a ridicularizar as massas sujas. É neste ponto que “Locked Down” promete mudar de marcha de uma violenta comédia romântica para um filme de assalto, no qual Paxton e Linda decidem reacender sua paixão roubando um diamante de $ 3 milhões da Harrods, a eminente loja de departamentos de Londres onde ela trabalhava . Isso dá seu certificado de segurança. E seu motorista de fuga é — você adivinhou — Edgar Allen Poe. Embora o Harrods tenha fechado durante a pandemia, o lendário empório abriu suas portas para Liman, que dirigiu Brad Pitt e Angelina Jolie em sua brincadeira de crime-como-cura-para-um-casamento estagnado “Sr. e Sra. Smith”. Visões de roubos clássicos, como “Ocean’s Eleven” e “Logan Lucky” de Steven Soderbergh, dançam em sua cabeça. Não tenha muitas esperanças. Liman não é um Soderbergh. Pelo menos não aqui. O que parece um delicioso trabalho interno rapidamente degenera em uma série de improbabilidades sem tensão que levam a credulidade além do ponto de ruptura. Quanto ao suspense, ele não existe. Não fique em quarentena com esta desculpa triste para escapismo experimental. “Locked Down” é uma grande decepção. Hathaway e Ejiofor merecem melhor. O mesmo acontece com o público.
A queda surpresa do filme está se tornando um grampo da pandemia — e você sabe o quê, eu sou totalmente a favor. É como um triunfo quando alguém termina alguma coisa hoje em dia. E a notícia de que Chiwetel Ejiofor, Anne Hathaway e Doug Liman saíram e tiraram uma foto de roubo em Londres enquanto todo mundo estava aprendendo a fazer massa fermentada é absolutamente charmosa. Parece algo que Steven Soderbergh faria por diversão, e de fato muito de Locked Down tem sua sensibilidade de correr e atirar feito à mão; Os protocolos COVID forçaram muitos cineastas a reduzir suas produções aos níveis que ele vem trabalhando há décadas. Liman, que começou no independente, mas rapidamente mudou-se para grandes estúdios como The Bourne Identity, Mr. & Mrs. Smith e Edge Of Tomorrow, não fazia nada tão íntimo há muito tempo. Eu imagino que ele aproveitou a chance. Locked Down é a história de Paxton (Chiwetel Ejiofor) e Linda (Anne Hathaway), dois londrinos presos juntos em sua casa confortável, embora não sejam mais parceiros. Eles foram um casal por 10 anos, se separaram depois de um Natal miserável e estavam finalizando sua separação assim que a cidade entrou em bloqueio. O filme é vago sobre quando acontece, mas acho que deve ser em abril passado: tempo o suficiente para a maioria das pessoas descobrir como trabalhar em casa, mas não o suficiente para que todos se adaptem ao novo normal. A primeira metade de Locked Down emprega a mesma narrativa pandêmica que vimos várias vezes nos últimos meses, focando em pessoas presas por muito tempo no mesmo espaço, usando chamadas de zoom para variar a ação e deslizar em alguma exposição, e verificando no mundo mais amplo por meio de noticiários e viagens ocasionais para fora. Aprendemos, por exemplo, que Paxton e Linda costumavam ser muito selvagens, mas estabeleceram vidas mais responsáveis. Ela é um executivo em uma seguradora global, enquanto ele luta para construir uma carreira por causa de algumas coisas desagradáveis em seu passado. Atualmente, ele trabalha como motorista para uma pequena empresa de courier. E por mais que eles tenham se separado, suas vidas parecem prestes a desmoronar novamente quando Linda recebe a tarefa de recuperar um diamante muito valioso da Harrod’s e a picape é atribuída à rota de Paxton. E roubar aquele diamante certamente lhes daria a chance de serem selvagens novamente. As circunstâncias são absurdas, mas — como somos constantemente lembrados — estes são tempos sem precedentes. And Locked Down é escrito por Steven Knight, que gosta de construir filmes inteiros sobre oportunidades improváveis e escolhas excêntricas — como Dirty Pretty Things (que foi o papel de Ejiofor) e Locke, o filme em que Tom Hardy tem toda uma crise existencial enquanto dirige de Birmingham para Londres. (Knight também nos deu o thriller profundamente bobo de Matthew McConaughey, Serenity, que coestrelou Hathaway; ninguém é perfeito.) Knight projeta Locked Down como uma realização vertiginosa de desejo para qualquer um que está desesperado para quebrar a rotina, deixando seus personagens agirem de acordo com seus impulsos. (Linda começou a beber durante o trabalho Zooms; Paxton sai em passeios de motocicleta pela cidade vazia, inventando um novo jogo em que para no sinal verde e passa pelo vermelho.) Liman dá às suas estrelas o espaço para quicarem umas nas outras — às vezes literalmente — e eles respondem encontrando pequenos tiques estranhos que parecem a liberação lógica do estresse reprimido: o hábito de fumar renovado de Linda dá a Hathaway os meios para jogar uma escala móvel de frustração cômica, e Ejiofor permite que o pânico crescente de Paxton se manifeste como uma espécie de contração muscular de corpo inteiro. Ben Kingsley, Ben Stiller, Stephen Merchant e Mindy Kaling tiveram breves aparições como personagens que existem quase exclusivamente nas telas e, embora nenhum deles tenha muito a fazer, é bom vê-los aparecer — um lembrete de que todos estão passando por seus própria coisa durante o bloqueio. Na verdade, porém, é tudo sobre Paxton e Linda — e Ejiofor e Hathaway encontram uma energia complementar que me faz desejar que alguém os escalasse para uma comédia maluca apropriada quando tudo isso acabar. Os melhores momentos de Locked Down têm esse DNA; Eu adoraria ver como funciona quando houver um mundo maior disponível para eles novamente.